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Entenda por que a Austrália sacrificou 67 golfinhos encalhados

  • Foto do escritor: Redação Pet Mania
    Redação Pet Mania
  • 22 de fev.
  • 3 min de leitura

Autoridades da Tasmânia optaram pela eutanásia após tentativas frustradas de resgate de golfinhos encalhados em praia remota


Foto: Department of Natural Resources and Environment Tasmania / Handout/Anadolu via Getty Images
Foto: Department of Natural Resources and Environment Tasmania / Handout/Anadolu via Getty Images

Guardas florestais da Tasmânia, região no extremo sul da Austrália, iniciaram na quarta-feira (19/2) o sacrifício de 90 golfinhos que foram descobertos encalhados em uma praia remota.


O grupo inicial de 157 animais foi descoberto na terça-feira à noite, mas apenas 90 sobreviveram até o dia seguinte. Desde então, pesquisadores tentaram rebocar os animais até a água com carros e barcos, mas não tiveram sucesso.


Ao chegar para a eutanásia dos animais na quarta, os pesquisadores encontraram 67 deles ainda vivos. Após horas de trabalho, a equipe conseguiu matar 27 golfinhos e outros 25 faleceram naturalmente. As 15 falsas orcas restantes foram mortas nesta quinta-feira (20/2). Os animais foram sacrificados a tiros.


“Sacrificar os animais foi a melhor decisão para que eles parem de sofrer. Já não há esperanças de que retornem à água”, disse o biólogo Kris Carlyon, do Programa de Conservação Marinha da Austrália à mídia internacional.

Por que não levá-los à água


O estresse doloroso de estar na areia tornou a sobrevivência dos animais impossível. Além disso, os golfinhos voltavam para a praia para ficar com seus companheiros quando os guardas tentavam arrastá-los para o mar. Além disso, se aproximar demais deles quando na água é arriscado para os pesquisadores.


“No encalhe em massa, normalmente os animais encalham vivos e mesmo quando são retornados ao mar, tendem a retornar insistentemente para a praia”, explica o ICMBio. Nestes casos, o protocolo previsto no Brasil tem três alternativas, sendo a mais recorrente a eutanásia.

Tentativa de rebocar os golfinhos de volta para a água. Todas as tentativas fracassaram | Foto: Department of Natural Resources and Environment Tasmania / Handout/Anadolu via Getty Images
Tentativa de rebocar os golfinhos de volta para a água. Todas as tentativas fracassaram | Foto: Department of Natural Resources and Environment Tasmania / Handout/Anadolu via Getty Images

Como ajudar animais encalhados segundo o ICMBio?


  • Entre em contato com as instituições responsáveis.

  • Não tente devolver o animal para a água. Deixe esta decisão para as pessoas treinadas.

  • Ajude a isolar a área mantendo pessoas e animais domésticos afastados.

  • Coloque panos molhados sobre o corpo do animal ou providencie sombra para evitar queimaduras solares.

  • Não jogue água em seus orifícios respiratórios.

  • Evite se aproximar demais da cauda do animal, que pode ser cortante e ferir os socorristas.

  • Evite contato direto com a pele dos animais encalhados, eles podem transmitir doenças aos seres humanos.



Golfinhos conhecidos como falsas orcas


As criaturas, cada uma delas pesando uma tonelada, pertencem a uma espécie de águas profundas conhecida como falsas orcas por terem um esqueleto parecido ao dos célebres predadores. No entanto, elas são parentes próximas dos golfinhos da costa brasileira.


Cada golfinho tinha aproximadamente seis metros e eles são uma espécie “quase ameaçada” de extinção, já que não há dados confiáveis sobre o tamanho de sua população. Como eles se comportam de forma extremamente social, bastaria que um deles se desviasse da rota para um encalhe de grandes proporções.


A decisão de sacrificar os animais veio devido à exposição ao sol forte e aos ventos intensos que agravaram o ressecamento dos golfinhos. Eles também têm dificuldade em respirar no território arenoso.



Carcaças podem ser deixadas na praia como memória


Opções para o descarte das carcaças estão sendo avaliadas, incluindo deixá-las na praia para decomposição natural ou enterrá-las no local — o objetivo é deixar o espaço como memória. O processo de decomposição pode levar até 12 meses.


A decisão, embora necessária, foi emocionalmente difícil para a equipe e para a comunidade local. “Temos nossas redes de suporte interno para lidar com isso, mas a eutanásia é sempre o último recurso”, afirmou Clark.


Cientistas agora conduzem investigações post-mortem, incluindo necropsias, para entender melhor as causas que levaram os animais ao encalhe.



 

Fonte: Metrópoles (adaptado pela Redação Pet Mania)

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