
À medida que envelhecem, cães e gatos podem manifestar sinais de velhice que demandam cuidados especiais por parte dos tutores.
O Fevereiro Roxo é uma campanha dedicada à conscientização sobre doenças crônicas e degenerativas, tanto em humanos quanto em animais. No caso dos pets, essa iniciativa destaca a importância da atenção à saúde dos idosos, com foco especial nas doenças neurodegenerativas, como a Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC).
Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC)
Com o envelhecimento, os animais passam por transformações físicas e mentais. Entre os problemas mais frequentes em pets idosos estão as doenças neurodegenerativas, que comprometem a função cerebral e provocam alterações no comportamento e nas capacidades cognitivas dos animais.
A SDC é uma condição semelhante ao Alzheimer em humanos, afetando principalmente cães e gatos idosos. Ela ocorre devido à degeneração progressiva das células cerebrais, impactando diretamente o comportamento e a qualidade de vida do animal.
As doenças neurodegenerativas não têm cura e afetam o sistema nervoso central, resultando em sintomas como perda de memória, movimentos involuntários, convulsões, alterações no sono, vocalização excessiva e dor crônica.
Fique atento aos sinais
Em diversos casos, os sinais dessas doenças podem se apresentar de forma sutil, sendo confundidos com o envelhecimento natural. Contudo, existem alguns sinais que podem indicar a presença de uma doença neurodegenerativa:
Desorientação: O pet anda sem rumo; aparenta estar perdido ou confuso mesmo que em locais que lhe sejam familiares.
Distúrbios no sono: O pet pode dormir mais durante o dia e ficar mais agitado à noite ou ter dificuldade para dormir.
Perda de hábitos higiênicos: Quando o pet passa a urinar e defecar em locais inadequados.
Redução na interação com os tutores e outros animais.
Dificuldade para atender a comandos já conhecidos.

Cuidando de um Pet idoso
Acompanhamento veterinário regular
Consultas veterinárias devem ocorrer pelo menos duas vezes ao ano para a detecção precoce de possíveis doenças. Exames laboratoriais, neurológicos e de imagem podem ser necessários para um diagnóstico mais preciso e um acompanhamento adequado.
Alimentação equilibrada
A dieta do pet idoso deve ser ajustada para atender às suas necessidades nutricionais, priorizando ingredientes ricos em antioxidantes, ômega-3 e nutrientes essenciais para a saúde cerebral e articular. Rações específicas para animais sênior e alimentos mais macios facilitam a mastigação, especialmente em casos de perda ou enfraquecimento dentário.
Estimulação mental e física
Atividades cognitivas e exercícios ajudam a manter o cérebro do pet ativo e saudável. Brinquedos interativos, comandos básicos e enriquecimento ambiental são ótimas opções, como garrafas pet recheadas com ração, tecidos com petiscos escondidos e jogos que incentivam a exploração.
Ambiente adaptado e seguro
Pequenas mudanças no ambiente podem melhorar a qualidade de vida do pet idoso. Algumas recomendações incluem:
Evitar escadas ou instalar rampas de acesso;
Usar tapetes antiderrapantes para reduzir o risco de escorregões;
Disponibilizar colchonetes térmicos para conforto articular e controle da temperatura;
Ajustar a altura das vasilhas de água e ração para facilitar a alimentação.
Suplementação e tratamentos
O uso de suplementos e medicamentos pode ser indicado pelo veterinário para retardar a progressão da Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC) e promover mais bem-estar ao pet. Dentre os mais recomendados estão:
Ômega-3: auxilia na função cognitiva;
Condroitina e glucosamina: contribuem para a saúde das articulações;
Probióticos e prebióticos: equilibram a microbiota intestinal e influenciam positivamente o sistema nervoso.
O Fevereiro Roxo é um lembrete sobre a importância dos cuidados que devemos ter com a saúde dos pets idosos, destacando a necessidade de atenção especial por parte dos tutores.
Com um acompanhamento veterinário e a identificação precoce dos sinais das doenças neurodegenerativas, é possível garantir uma maior qualidade de vida para o seu companheiro durante a "melhor idade".
Caso seu pet idoso apresente quaisquer alterações no comportamento ou sinais de problemas de saúde, consulte um médico veterinário.
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