top of page

Rio fervente: fenômeno único na natureza fica na Amazônia e tem água de quase 100°C

  • Foto do escritor: Redação Pet Mania
    Redação Pet Mania
  • 25 de fev.
  • 2 min de leitura

Este é um fenômeno único na natureza: conheça o rio localizado no meio da Amazônia peruana que possui águas ferventes de quase 100°C e cozinha quem entra nele


O rio fervente da Amazônia peruana. | Foto: Natgeo.
O rio fervente da Amazônia peruana. | Foto: Natgeo.

A Amazônia é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo, tanto que já foi até chamada como o “coração do planeta”. Refere-se a um conjunto de ecossistemas que abrange a Floresta Amazônica e a Bacia Amazônica.


E esse bioma não é exclusivo do território brasileiro; ele abrange áreas de outros países também, que são: a Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.


E é justamente na Amazônia peruana que se localiza esse fenômeno único e inusitado: o rio fervente Shanay-Timpishka, que alcança temperaturas de até 99°C e literalmente queima quem entra nele. Aliás, nenhum animal sobrevive nessas águas.



A história do rio Shanay-Timpishka


Conta a lenda que o povo inca que habitava a região antigamente já falava sobre a existência de um rio fervente. Depois, quando os espanhóis chegaram à região, também teriam o encontrado – e alguns teriam morrido dentro das suas águas.


Quando a ciência começou a investigar, algo não parecia certo, já que águas quentes são tipicamente associadas a fontes termais geotérmicas normalmente alimentadas por atividade vulcânica subterrânea. E a Amazônia não tem nenhum vulcão próximo. Então, a princípio, parecia se tratar de uma lenda.


O rio Shanay-timpishka, que em língua indígena significa "ferver com o calor do Sol", tem mais de 6,4 quilômetros de extensão.

Mas aí, em 2011, o geólogo peruano e especialista em energia geotérmica Andrés Ruzo, doutor pela Universidade Metodista do Sul, no Texas, resolveu investigar mais a fundo e confirmou a existência desse rio fervente.


O Shanay-timpishka, que é o rio mais quente do mundo, foi encontrado por Ruzo em uma expedição, quando ele chegou às águas quentes com névoas de vapor d'água pairando sobre elas e fez uma primeira medição. O termômetro marcou 86ºC naquele momento, e depois em outras medições chegou a 99,1ºC. Para se ter uma ideia do quão quente é isso, cozinhamos nossos alimentos a partir dos 47ºC.



Por que o rio é tão quente?


Após várias análises, o geólogo demonstrou que o rio não precisa de ação do “vulcanismo” para ter temperaturas altíssimas.


Segundo ele, as águas podem estar vindo das chuvas ou até mesmo das geleiras em derretimento nos Andes. O gelo derretido se infiltra profundamente abaixo do solo, em rochas sedimentares porosas, onde é aquecido pela energia geotérmica do interior da Terra.


O Shanay-timpishka, rio fervente da Amazônia peruana. É notável a névoa de vapor d'água que paira sobre suas águas aquecidas. | Foto: Sofía Ruzo.
O Shanay-timpishka, rio fervente da Amazônia peruana. É notável a névoa de vapor d'água que paira sobre suas águas aquecidas. | Foto: Sofía Ruzo.

Depois disso, ao encontrar uma falha geológica, essa água quente seria forçada a subir até à superfície, ressurgindo na região Amazônica e dando origem a este rio de temperaturas extremas.


Segundo o especialista, em uma entrevista à Revista Galileu, o rio é sagrado para os povos indígenas da região e deve ser preservado. Contudo, com respeito e da maneira correta, ele pode ser usado para estudar indícios de outros sistemas geotérmicos no Peru que possam ser melhor aproveitados.



 

Fonte: Tempo.com

Comments


Compartilhe:

Compartilhar:

bottom of page